por Beatriz Nantes
A maternidade é uma das experiências mais transformadoras que uma mulher pode viver. Desde o momento em que descobrimos que uma nova vida está crescendo dentro de nós, algo se desloca — não apenas ao nosso redor, mas principalmente dentro de nós. Ser mãe é um renascimento, não apenas do bebê, mas da mulher que somos.
Mas, no turbilhão de fraldas, noites em claro e responsabilidades que não param, surge uma pergunta que, às vezes, não temos coragem de fazer em voz alta: “Quem eu era antes da maternidade?”
Essa pergunta não é um sinal de ingratidão ou fraqueza. Pelo contrário, ela é um convite poderoso. Um chamado para olhar para dentro e lembrar que, por trás da mãe incrível que você é, existe uma mulher que merece cuidado, atenção e espaço para florescer.
A mulher por trás da mãe: redescubra sua essência
Quando nos tornamos mães, é fácil sentir que nossa identidade se perde em meio às demandas do dia a dia. Tornamo-nos “a mãe de fulano”, e aquilo que amávamos ou que fazia nossos olhos brilharem acaba ficando em segundo plano.
Mas é importante lembrar: a mulher que você era ainda está aí. Talvez esteja um pouco silenciosa ou cansada, mas sua essência permanece intacta, esperando um momento para emergir novamente. Ela não precisa ser deixada para trás, mas pode caminhar de mãos dadas com a mãe que você se tornou.
Por que nos sentimos desconectadas de nós mesmas?
Essa sensação de perda de identidade é mais comum do que se imagina. Aqui estão algumas razões que podem contribuir para isso:
Foco exclusivo nos filhos: É natural querer dar o melhor para eles, mas isso, às vezes, nos faz esquecer de reservar energia para nós mesmas.
Mudança de prioridades: Nossos hobbies e sonhos pessoais podem parecer menos urgentes diante das responsabilidades da maternidade.
Pressão para ser perfeita: A expectativa de ser uma “supermãe” muitas vezes nos desconecta do que realmente somos.
Reconhecer essas causas é o primeiro passo para se reencontrar. Porque, para cuidar dos outros, precisamos primeiro cuidar de nós mesmas.
O autocuidado como chave para a reconexão
Se você tem sentido falta de si mesma, saiba que é possível se reconectar com sua essência. Aqui estão algumas práticas que podem ajudar nesse processo:
Permita-se lembrarQuais eram as coisas que te faziam feliz antes da maternidade? Dançar, ler, viajar? Resgatar essas memórias não é sobre voltar ao passado, mas sobre trazer essas partes vivas para o presente.
Reserve momentos para vocêMesmo no meio da correria, pequenos gestos podem ser transformadores. Tomar um café sozinha, ouvir uma música que ama ou simplesmente respirar profundamente. É nos detalhes que muitas vezes encontramos o fôlego que precisamos.
Compartilhe seus sentimentosConversar com alguém de confiança ou procurar apoio profissional pode fazer toda a diferença. E, se precisar, estamos aqui no MamaE Estratégias para Mães Conectadas, oferecendo suporte emocional por meio de Psicoterapia Individual, Terapia em Grupo e outros serviços pensados para mulheres como você.
Integre sua nova versãoAo invés de tentar "voltar a ser quem era", experimente abraçar sua nova versão. Você pode ser mãe e ser você mesma, porque esses papéis não se anulam; eles se enriquecem.
Peça ajuda sem culpaLembre-se: aceitar apoio é um ato de amor próprio. Você não precisa carregar tudo sozinha.
Você não está sozinha nessa jornada
Resgatar sua identidade na maternidade não é um ato egoísta; é uma necessidade. Cuidar de si é, na verdade, cuidar de todos ao seu redor, porque quando você se sente plena, isso se reflete em toda a sua família.
E se precisar de um espaço onde você possa compartilhar, aprender e crescer, o MamaE está aqui para você. Com serviços criados especialmente para mães, como grupos de terapia, cursos práticos e conteúdos que abordam maternidade, saúde emocional e autocuidado, queremos ser sua rede de apoio nessa caminhada.
Lembre-se: você é muito mais do que mãe. É um universo de possibilidades, com sonhos, talentos e histórias que continuam a ser escritos.
E, quando se pegar perguntando “Quem eu era antes da maternidade?”, sorria. Porque a resposta não está no passado. Ela está no presente — em cada passo que você dá para se reconectar e se reinventar.
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